Ficamos Amigos de repente. Um
Amigo comum, o Naylor, apresentou-nos. Éramos vizinhos na rua Sá Ferreira, em
Copacabana, em 1970.
Éramos jovens, solteiros e
queríamos conquistar o mundo. Saíamos quase toda noite.
O apartamento do Juca era o retrato
da época e muito legal: Todo branco e com objetos coloridos. Uma banheira, de
ferro, com pezinhos, cortada com maçarico, pintada com epóxi também branco e
muitas almofadas, era o sofá da sala.
Lembro que havia uma mesa que virava
prancheta ou vice-versa. Sobre ela havia um jogo de xadrez cujas peças eram
miniaturas de figuras medievais. As torres, por exemplo, eram carros de assalto
usados contra as muralhas dos castelos.
A música ficava por conta do
violão, do toca-discos e muitos LPs.
Eu tinha um jipe DKW Vemag, Candango
2, azul, e com ele fazíamos a ronda noturna nos bares de Copa. Ainda não
existia a lei seca e nem era preciso porque, afinal, não bebíamos tanto assim...
Em 1973 mudei para a Tijuca com
meus pais. Trabalhava de dia e estudava à noite na UERJ, no Maracanã. Nos
finais de semana sobrava pouco tempo e energia para a ronda nos bares.
E perdemo-nos de vista, mas hoje,
quarenta e cinco anos depois, graças ao facebook que (somado ao YouTube)
funciona como a verdadeira Machina do Tempo, estamos em contato novamente.
Um brinde aos Bons Amigos e às
Boas Recordações!
Viva a Vida!!!
Dedicado ao Juca Tovar,
meu Amigo