segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cris é Excel e eu Word

Meus Caríssimos Amigos, para vocês eu confesso: O problema são as planilhas!

Por causa da matéria na TV sobre declaração do imposto de renda, ficamos meio que sob os refletores por alguns minutos.

Para quem não sabe, Cristina e eu fomos colegas de trabalho em 1988. Desde então e sempre que possível deixo os cálculos e as planilhas com ela. Dos textos cuido eu, mas sem muita pressa, reconheço.

Paralelamente, neste final de semana, estive sob forte influência da Rafaela Cappai, além da matéria com o repórter Tonico Ferreira.

Ela, Rafaela, ensinou-me - em seu curso on-line sobre Gestão de Negócio Próprio com Criatividade - que quem não se afina muito com planilhas pode usar um caderninho, canetas coloridas e post-its para administrar finanças.

Ele, Tonico, lembrou-me que a declaração é inevitável, devemos começar logo e tirar essa preocupação da frente.

Hoje, segunda-feira, faltam apenas quatro dias para o prazo final e resolvi aplicar as recomendações da Rafa e do Tonico:

Fiz a planilha manuscrita, com post-its, respirei fundo e estou começando a declaração 2017...

Já encontrei a calculadora que não via há um ano. Que Deus me ajude!!!


A matéria na TV, Jornal Hoje, 22/04/2017








segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Carioca da gema, Paulista do coração... há trinta anos!!!


Claudio reuniu nossos Amigos no Rio e fez uma festa de bota-fora para mim. Mudei para São Paulo logo depois, num sábado. Cheguei à tardinha e na segunda-feira comecei no meu novo trabalho. Vou ficar um ano para ver se vai dar certo, pensei.

Trabalhei com dois mineiros, o Edson e o Siqueira. O Edson repetia a frase em São Paulo a gente leva o ouro, mas deixa o couro...

Era o início da informatização das empresas e as rotinas nos escritórios estavam mudando. Quando recebi um microcomputador para trabalhar me senti importante. Depois chegaram os telefones celulares e a nossa vida nunca mais foi a mesma. Mudou para 24/7.

Por causa das diferenças de fuso horário, chegava mais cedo no escritório para falar com clientes e fornecedores europeus e saía mais tarde para poder falar com os americanos no mesmo dia.

Em compensação, depois de um ano e meio de trabalho, saí em férias. Consegui realizar o sonho de conhecer a Europa.

Quando voltei da viagem, o Siqueira apresentou-me a uma nova colega que ficava do outro lado da divisória. Casei com ela dois anos depois.

E continuamos trabalhando, viajando e realizando sonhos.

Havia horário para chegar no escritório, mas não para sair. Levava trabalho para casa nos finais de semana. Com o tempo, meu cabelo que era farto começou a rarear, ficou grisalho. Meu peso aumentou e a pressão arterial também. Aprendi a conviver com o stress.

E exatamente hoje, completo 30 anos na cidade. E continuo por aqui. Consegui bons Amigos, fiz muitas viagens e realizei sonhos.

Lembro de uma outra tarde, pouco tempo depois da mudança para São Paulo: Estava parado no trânsito e enxerguei uma lua enorme, rosada, sobre o Jockey Clube. O céu estava cor-de-rosa. Percebi que já estava completamente apaixonado por essa cidade extraordinária que tem um coração enorme: um coração do tamanho do Brasil!




Festa bota-fora, Turma do Arpoador 1986



Dedicado a três ex-colegas de trabalho - Siqueira, Julinho e Evandro - que tornaram-se Amigos depois de anos e anos nas mesas ao lado, compartilhando a rotina e os grandes e pequenos momentos da minha vida corporativa nesta cidade.



(Baseado no texto Uma declaração de amor... a São Paulo!, de minha autoria, vencedor do concurso cultural “Conte sua história de São Paulo”, da Revista ÉPOCA São Paulo e Museu da Pessoa, em 2013)


sexta-feira, 17 de junho de 2016

MAHAR: de Universitário a Blogueiro


A primeira frase que ouvi dele foi:


_Muito prazer, José Rezende, mas pode me chamar de Jotabê porque José Rezende é um nome assim... muito INSS!...


Eu acabara de conhecê-lo, na Aula Magna, no início do curso na Faculdade de Direito do Catete, em 1972.


Vou gostar desse cara, pensei com meus botões. E ficamos amigos.


Uma noite ele chegou usando calça jeans e camisa de abotoar enorme, branca com estampados pretos, meio aberta no peito para suportar o final de verão no Rio.


Diante dos olhares de espanto dos nossos colegas de turma que usavam, invariavelmente, terno ou tailleurs, ele mesmo perguntou e respondeu:


- Gostaram do figurino? Essa camisa é a última moda na periferia!...


Naquele tempo ele já não se preocupava muito com elegância no vestir.


Para finalizar a descrição, ele era magro - como todos nós - e usava bigode com as pontas torcidas e espiraladas, como um jovem Salvador Dali, mas ele sempre corrigia: Salvador DAQUI...


Completamente apaixonado por automóveis, de vez em quando me chamava para dar uma volta na Alfa, mas havia um pré-requisito: O passeio tinha que ser à (moda) européia, isto é, com o cinto de segurança afivelado. E lá íamos nós, Mahar ao volante, Paulinho ao lado e no banco de trás São Cristóvão (Valei-me!!!) e eu, fazer os pneus cantarem na Estrada das Canoas, à noite. Em alguns trechos ele apagava os faróis...


O tempo passou e em 1980 reencontrei Jotabê no Arpoador.


Lá ele era o Mahar com a Honda 500 Four prateada e muitas histórias para contar, falando ou escrevendo. Percebi que ele era uma das figuras mais conhecidas do motociclismo carioca.





Espirituoso, bem falante, simpático como sempre, apresentou-me aos amigos e fiquei enturmado. Uma das primeiras pessoas que conheci através dele foi a Dra.Iaci.





E o Arpoador virou mania. Era o ponto de encontro da turma o ano inteiro, mas no Carnaval o Arpoador mudava para Cabo Frio, em frente ao Hotel Malibu.





Em um dos carnavais em Cabo Frio, almocei na casa dele. A mãe, a “General”, preparou um cozido que comemos em prato fundo até, literalmente, cairmos, um para cada lado, em sono profundo. O Telmo, do Museu do Surf, estava nesse rega-bofe.



Em outro carnaval, bem mais recente, no Rio, ele estava internado por causa da diabetes. No hospital conheci Pierre e Jason. Foi a única vez que vi Mahar triste.





Depois só estive com ele em aniversários e festas da turma. Ele já usava a bengala.





Acompanho o blog que tem um estilo inconfundível. Adoro suas frases criativas, de impacto, mas com absoluta precisão e bom-humor.





Quanto mais o tempo passa, mais acredito em reencontros e agora, com a perda do nosso Amigo, só tenho uma certeza:





Ele tem uma “vaga para carro grande” no meu coração...




Com carinho para José Benedito Rezende, O Grande Mahar


Imagem: Mahar visitando orfanato no Natal - foto Sergio Santos c.1985


Links:



maharpress.blogspot.com/
O amigo Mahar, idealizador e dono do blog Maharpress, se foi. Mas seu trabalho continua como se o blog tivesse piloto automático.






Vídeos no YouTube:





Trecho da matéria sobre o encontro de Águas de Lindóia, exibido em Maio de 2007, pelo programa de Tv A Biela onde o jornalista José Rezende Mahar fala sobre ...
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... https://youtu.be/KISA-MeNFiQ


No contexto do VII ABC Old Car foi realizada a palestra de José Rezende Mahar, conhecido e respeitado jornalista de automóveis. Na palestra Mahar discorreu s...
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vou te contar...


Ontem, sábado, saí de casa cedo para ir à escola, à Escola do Escritor.


Queria descobrir os segredos do Conto, com a ajuda do Ricardo Ramos Filho, autor consagrado, com mais de vinte livros publicados.


Tenho usado a crônica como forma de expressão, mas, confesso, o conto sempre me fascinou.


E lá fui eu. No café, logo na chegada, começou o entrosamento do grupo. Na aula, incentivados pelo Ricardo, todos participaram ativamente. O clima era de boa camaradagem. Uma turma simpática e criativa já estava formada antes da hora do almoço. Senti-me, desde o início, entre amigos.


Agora sei que o conto é um formato com muitas possibilidades e utilizado por muitos autores de renome. Já estou rascunhando alguma coisa. Vou praticar para aprender...


Vai ser muito bom se o grupo não dispersar. Que tal escrevermos um livro nosso, de contos, publicado pela Scortecci, para a Bienal 2016? A turma aceita o desafio?



O Curso em Valores:



Taxa de inscrição: $195,00


Almoço no Bentoo, em frente: $12,00


Estacionamento ao lado: $10,00


Um sábado entre livros e escritores amigos: Não tem preço!!!




Sala de aula com vista para o Jardim Literário, no Espaço Scortecci, no bairro Pinheiros, SP

 Imagem de Elianete Vieira

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bem-vindo a bordo, Juca Tovar!


Ficamos Amigos de repente. Um Amigo comum, o Naylor, apresentou-nos. Éramos vizinhos na rua Sá Ferreira, em Copacabana, em 1970.


Éramos jovens, solteiros e queríamos conquistar o mundo. Saíamos quase toda noite.


O apartamento do Juca era o retrato da época e muito legal: Todo branco e com objetos coloridos. Uma banheira, de ferro, com pezinhos, cortada com maçarico, pintada com epóxi também branco e muitas almofadas, era o sofá da sala.


Lembro que havia uma mesa que virava prancheta ou vice-versa. Sobre ela havia um jogo de xadrez cujas peças eram miniaturas de figuras medievais. As torres, por exemplo, eram carros de assalto usados contra as muralhas dos castelos.


A música ficava por conta do violão, do toca-discos e muitos LPs.


Eu tinha um jipe DKW Vemag, Candango 2, azul, e com ele fazíamos a ronda noturna nos bares de Copa. Ainda não existia a lei seca e nem era preciso porque, afinal, não bebíamos tanto assim...


Em 1973 mudei para a Tijuca com meus pais. Trabalhava de dia e estudava à noite na UERJ, no Maracanã. Nos finais de semana sobrava pouco tempo e energia para a ronda nos bares.


E perdemo-nos de vista, mas hoje, quarenta e cinco anos depois, graças ao facebook que (somado ao YouTube) funciona como a verdadeira Machina do Tempo, estamos em contato novamente.


Um brinde aos Bons Amigos e às Boas Recordações!


Viva a Vida!!! 



Dedicado ao Juca Tovar, meu Amigo


domingo, 30 de agosto de 2015

A.O.G. = Aircraft On Ground = Aeronave No Solo*




Meu pai sempre gostou de automóveis e aviões e, na juventude, foi mecânico do Constellation, da Panair do Brasil.

Cresci gostando de aviões. Coincidência ou não, muito tempo depois fui trabalhar numa empresa do ramo aeronáutico, onde a rotina era dinâmica, 24/7, isto é, 24 horas por dia, sete dias por semana. A turma era unida.


Na época eu respirava aviação e no evento Adventure Sports Fair, em São Paulo, fui apresentado ao Casal  Margi e Gérard Moss, pelo Sergio Franco. Trocamos cartões.


No mês passado, depois de dez anos afastado do grupo, fui a uma happy hour assistir a apresentação dos amigos Laudio e Fábio, e lá encontrei o Marino, outro ex-colega de trabalho
Ouvindo música, revendo velhos Amigos, lembrei das recentes postagens do Gérard no facebook: O dia a dia da sua aventura com um velho Citroen na Rússia e Mongólia.


E lembrei também de uma história que aconteceu na época em que trabalhávamos juntos:


Uma vez eu estava no escritório depois do horário de expediente e recebi uma ligação: Era o Gérard.

Ele estava em São Paulo, numa conversa telefônica, ajudando um colega piloto, com o avião em “pane” no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.


Perguntou se havia alguém da área técnica que pudesse responder perguntas do outro piloto. Pedi para ele aguardar na linha que eu iria procurar alguém. Encontrei o Marino e fomos para a sala de conferências.


Quando começou a reunião telefônica, o piloto que falava em inglês com o Gérard, disse que não conseguiria explicar “tecnicamente” em inglês o que havia acontecido com o motor da aeronave: Ele só conseguiria expressar-se em alemão ou francês...
Saí procurando o Karim e encontrei!
E a conversa telefônica - conference call - das cinco pessoas em lugares diferentes  ficou assim:
  1. Piloto, no Rio, fazia a pergunta em francês;
  2. Gérard, em SP, apenas ouvia;
  3. Eu, em São Bernardo, apenas ouvia;
  4. Karin, em São Bernardo, repetia a pergunta em português;
  5. Marino, em São Bernardo, respondia em português;
  6. Karin repetia a resposta em francês...
E a cada pergunta repetia-se o vai-e-vem. Resumindo, foram mais ou menos meia dúzia de perguntas e meia dúzia de respostas... e o problema foi resolvido pelo Marino, por telefone!
E o piloto voou para São Paulo em segurança.




Aproveito essa oportunidade e pergunto:
_ Marino, como terminou essa história?



Bem, voltando para o presente, o Gérard agradece no facebook a ajuda que recebeu de pilotos e mecânicos nos locais mais remotos para concluir essa outra grande aventura.

Sou testemunha de que  ele é solidário e que plantou boas sementes pelos lugares por onde passou e, por isso, colhe bons frutos.






Simples assim!...

(*) Termo aeronáutico, que na prática significa “Resolva já o problema que impede a aeronave de permanecer voando!!!”
 

Texto dedicado aos meus Amigos, ex-colegas da RRB


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Lucia Souto escreveu...


“Li um texto que falava da velhice, nele a pessoa dizia que o passar dos anos lhe deu o direito de ser esquecida, relaxada e feia, foi assim que entendi.

Então resolvi dar a minha versão.

Os anos passaram e confesso que o frescor da juventude, não tenho mais.

Também não tenho mais a agilidade, memória, mas em troca, o tempo me fez ser mais esperta e saber substituir as perdas.

Hoje, se a memoria falha, a inteligência procura caminhos para driblar a situação.

A agilidade e frescor, deram espaço ao charme e a sensualidade nos movimentos e pensamentos.

A cosmética nos deu o direito de decidir se nossos cabelos vão ficar brancos ou das cores mais variadas que desejarmos.

Também posso decidir se terei na pele as marcas dos sorrisos, das lágrimas... ou guarda-las junto as experiências e fazer aquela plástica ou Botox que cientistas descobriram para que tenhamos mais essa opção.

Desde que nos conhecemos como gente, a vaidade nos acompanha. Ainda criança, desejamos ser bonitos, desejados e admirados; porque seria diferente quando chegamos a melhor idade?

Melhor porque estamos experientes, conhecedores do mundo como ele é e não como sonhamos que ele seria, bonitos por termos a alma plena e já sabermos que o amor sincero vale mais que mil aventuras amorosas, mesmo que o involucro não seja do seu tipo ideal.

Esse é o momento para escolher o maiô que melhor te veste, de colocar a saia no comprimento que valorize suas pernas, a camisa que lhe deixa mais charmoso.

Com a idade, preciso cuidar do meu sorriso, do meu hálito, da minha postura... preciso ficar mais atenta ao comer e falar, porque meu corpo, diferente da mim, está cansado, desgastado e dependente da minha vontade em faze-lo portar se elegantemente.

Passei anos construindo esse ser maravilhoso que me tornei e não vou, por preguiça, direito ou qualquer que seja a desculpa que queiram dar, deixar que ele perca saúde, beleza e elegância, que acredito ser exemplo pra juventude que me admira e respeita.

Se acreditamos que exemplo é o caminho do melhor aprendizado, que sejamos nós o exemplo de educação, sabedoria e respeito ao envelhecimento digno”.

 

Lucia Souto

 

 

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Lucia Souto: esposa, mãe, avó, atriz, desenhista, motociclista... Amiga!