domingo, 22 de dezembro de 2013

Lar de Narcisa


Na entrada do Lar de Narcisa há um jardim, mas você precisa prestar atenção para enxerga-lo porque fica num cantinho. Só agora, quando estive lá pela segunda vez, é que percebi.

Voltei à casa, coincidentemente, no dia da Festa de Natal. Estava tudo pronto, mas sei que até chegar àquele momento houve muito trabalho, um verdadeiro mutirão, envolvendo jovens empenhados em proporcionar alegria, mantimentos e materiais de limpeza e escolar para outros jovens de menor idade.

Acompanhei parte da movimentação pela internet e dava gosto de ver a juventude mobilizada, trabalhando duro para que o evento tivesse o sucesso que teve.

Na festa, depois de muitas brincadeiras e mágicas, chegou a tão esperada hora da entrega dos presentes. A criançada estava feliz e eu também porque, afinal, estava caracterizado como um personagem ilustre: o Papai Noel!

 
 
 
 
 
No meio de tanta generosidade recebi, além do carinho, mais um presente: o livro “O Espírito da Rosa”, autografado pela autora, D. Rosa Garcia Correia ou Tia Rosa, que é a fundadora da instituição. O livro revela que as histórias de vida da autora e da casa são praticamente uma só. 
 


 

Conversei bastante com Tia Rosa. Ouvi muitas histórias. Numa delas apareceu o cantor Tim Maia, que colaborou com a casa enquanto viveu, e levava as crianças ao circo ou servia lanches com banho de piscina na sua residência. Coisas do “síndico”...

Só no final da festa soltaram a mascote carinhosamente chamada de “Rosinha”. Ela ficou presa porque está cega e velhinha e em dia de festa, com muitas crianças brincando, não convém descuidar da segurança dos convidados.




 
No Lar de Narcisa, além de crianças, tem bicho, planta, sala de aula, quintal, cozinha e carinho, mas também tem a necessidade de ajuda porque é assim que a casa sobrevive desde o seu início em 1967.
O endereço é Av. Primavera, lote 36, quadra 26 – Jardim Primavera, Duque de Caxias, RJ.
O telefone é  (21)  2776 – 3155 e para doações existe uma conta corrente no Banco Itaú cujo número será informado a quem possa  interessar.


Imagens: (1) Família Souto e Papai Noel; (2) Tia Rosa, Dr.Wilton e Papai Noel; (3) Rosinha: cega e amparada. 
LINKS:


No YouTube mais detalhes e uma "amostra" do Natal 2013 no Lar de Narcisa.

http://youtu.be/yTF30TGod3k


No YouTube uma "canja" do Natal 2013 na Casa de Repouso.


http://youtu.be/mNP-Et34m9k






segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

"Hotel Suspeito" com entrada franca!


Ontem, dia 6/12, cheguei cedo, como de costume, para a encenação da peça "Um HOTEL muito SUSPEITO", no C.C.J. - Centro da Cultura Judaica, e resolvi esperar do lado de fora.

Do café em frente pude observar a movimentação de pessoas e veículos na happy hour da sexta-feira, no final da rua Oscar Freire. Gostei muito do cartaz que colocaram na entrada:

 
 
 

Foi uma boa iniciativa porque aquele muro alto deve intrigar as pessoas que passam por ali diariamente ou não.


É bom que as pessoas saibam que atrás daquela parede existe Música, Dança, Teatro e muito mais de uma cultura milenar.

Fui assistir ao espetáculo na plateia como convidado. Encontrei outros colegas, veteranos, e o clima era de muita alegria. _Nervosismo? _Nããão, só para os estreantes!...

A peça é uma colagem de personagens e situações engraçadas a partir do momento em que um casal em férias hospeda-se num hotel onde as aparências enganam. Diverti-me. Achei dinâmica, colorida, leve e todos os atores desempenharam bem seus papeis. Parabéns!
 

 

Lembro da minha experiência, ali mesmo, no ano passado: o curso é um primeiro contato com o mundo das artes cênicas e mostra a preparação de um espetáculo, o embate dos sonhos com as dificuldades operacionais, as limitações orçamentárias e o trabalho em equipe.

Mas o tempo passa rápido e logo estamos no palco escuro, nos momentos que antecedem a entrada em cena na noite de estreia, e vem aquela sensação de estar na corda-bamba e sem a rede de proteção.

Entretanto o mal-estar dura pouco porque é o final do ano letivo, é o Clímax, e logo vem a maravilhosa sensação de estar sob os refletores, diante do público que, por um momento, acompanha atentamente cada gesto, palavra ou silêncio nosso. E a gente quer que aquele momento se estenda, mas é rápido e só dura o tempo de um piscar de olhos, como tudo o que é bom.

Agora, no final do espetáculo e do curso, estamos do mesmo lado, somos todos Ex-Alunos do CCJ. Veteranos: foi muito bom reencontrar vocês! Ex-Calouros: foi muito bom conhecer vocês.  
E a vida continua Feliz Natal, Próspero Ano Novo e Bem-vindos a bordo porque, afinal,

There is no business like show business...

Beijos e abraços,

Serjão


Links:

YouTube  (Karaokê)  "There is no business like show business"

http://youtu.be/g5t_b2h3y6E
 


Meus Caros Amigos:  



Para postar comentário neste blog é mais fácil identificar-se usando a primeira opção,
o "Perfil Google", principalmente para quem já estiver cadastrado e "logado" no Google. 


 

sábado, 30 de novembro de 2013

Noite de Autógrafos do Germano Pereira


Na quinta-feira, 28/11, Germano apresentou ao público o seu


Príncipe da Noite!

 
 




 
Observei que durante todo o evento havia, sobre a mesa do autor, uma caixa negra e sobre ela um misterioso calçado vermelho com salto stiletto: 
 
 
 
 
 
 
  
Quem deixou-o ali? Gabriel, o psicanalista, ou o próprio Príncipe da Noite com seu comportamento obsessivo de colecionar os sapatos das mulheres com quem se relacionou?...
 
 
 
 
 
 

*   *   *
 
 
 
E, depois do coquetel, Marta, grávida (vestida de preto ao fundo), recebeu a homenagem das demais barrigas presentes...



 
 
 
 
 
Fotos: Divulgação e Nadine Trzmielina


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Noite de Autógrafos do Ivam (Terras de) Cabral


Terça-feira, 26/11, cheguei cedo para o coquetel de lançamento do livro Terras de Cabral e fiquei na fila. Enquanto esperava, observei que ainda trabalhavam nos últimos detalhes para que o local ficasse impecável. O ambiente estava decorado com araras, figurinos, adereços e objetos de cena porque, afinal, estávamos na SP Escola de Teatro.




Uma das paredes exibia fotografias, do próprio Ivam, com as fachadas dos prédios que ilustram a capa do seu novo livro. Havia também um telão com vídeo em looping e o banner com o desenho da cachorrinha Cacilda – que estava presente! – e ambos anunciavam CHAME A CACILDA!, o curioso nome de uma rede de cooperação para profissionais do ramo do entretenimento. Uma proposta muito interessante.

 

Um labrador caramelo também estava presente e circulava tranquilamente entre os convidados: era o Chico cujas aventuras já conhecemos através do blog do Ivam.




Consegui logo meu autógrafo. A casa estava cheia e muito mais gente ainda iria chegar. Era uma festa para velhos amigos.



Encontrei, pela primeira vez pessoalmente, a cartunista Laerte Coutinho e também pedi um autógrafo e surpreendi-me com o desenho da simpática Cacilda, de sua autoria, no cartão postal que de agora em diante vou usar como marcador de livros, personalizado.





Chegando em casa comecei a saborear o livro que estou achando delicioso: As crônicas, formato que eu adoro, são uma espécie de auto-retrato-falado do autor. 
 
 
Muito obrigado Ivan pela consideração! Muito obrigado Laerte pelo desenho!







 


Fotografias: André Stefano

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Rei Leão


Só recentemente assisti ao musical, mas sem muita expectativa achando que era espetáculo para criança. E o Teatro Renault estava cheio delas comendo, bebendo e comprando objetos com a carranca do felino. Tive o cuidado de não ler nada a respeito e nem procurar na internet porque queria ser surpreendido.

E o musical é um espetáculo com a marca Disney e, portanto, com deslumbramento garantido. Conseguiram colocar no espaço limitado do palco algumas das cores da África, o nascer e o pôr do sol e o movimento dos animais, da cheetah ao elefante, passando pelas graciosas e desengonçadas girafas.

Mas a comparação com musicais e filmes já assistidos é inevitavel. Logo na primeira cena a cantora transportou-me para o filme The power of one ou A força de um jovem, de 1992, com a inconfundível trilha sonora de Hans Zimmer e o coral The Masibemunye Bulawayo.

Na película, além do coral, lembro bem, foi a primeira vez que notei a forte presença de Morgan Freeman que, dali em diante, iria emocionar-me muitas vezes com outros personagens igualmente inesquecíveis ao conduzir Miss Daisy ou fazer anotações na lista de Antes de Partir.

O cruel regime do apartheid é retratado a partir do ponto de vista de um menino inglês, órfão, que luta, literalmente, para derruba-lo. O jovem Peekay é treinado no boxe por Geel Pit, Freeman, que explora o mito do Rainmaker, o Fazedor de Chuva, para unir tribos em permanente conflito e junta-las para combaterem o inimigo comum. A Segunda Guerra e o nazismo aparecem como pano de fundo para o jovem ator Daniel Craig que interpreta o odioso sargento Botha.

Sabemos que depois de muita luta desigual o regime infame acabou. E o filme pode ser mais uma referência para quem quer saber como era a vida na África do Sul, na época, numa versão romanceada, mas plenamente válida.
 
 
Observei o jovem leão do musical, altivo com sua juba dourada, e lembrei com carinho e respeito de um outro leão, um sobrevivente, um velho líder com juba prateada e rugido que o mundo inteiro ouviu. Perdoe-me Simba, mas o verdadeiro Rei Leão da Mãe África, para mim, é Nelson Mandela.

_Vida longa Madiba!   
 


 



 

 

       

           
 
                                                                                                   

 
Imagens: Madiba - Wikipédia; Cartaz do musical; Aniversário 24/07/07 em Jo'burg - Agence France-Presse AFP, via "Imagens Históricas"
 
Links que merecem ser vistos com   TELA CHEIA   e   SOM ALTO ! ! !
                                                    
YouTube  -  propaganda do musical em São Paulo, SP 2013:

 
YouTube  -  trailer do filme The power of one / A força de um jovem:


YouTube  -  trilha sonora do filme:


 Dedicado à Embaixatriz Mendes Gonçalves que ensinou-me a amar a África e que
"Através da Harmonia alcançamos a Beleza e através dela alcançamos Deus"

 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Liverpool 8...


Fiquei com vergonha e não gritei “Liverpool eight!” quando Ringo Starr perguntou “Any request?” no final do show, ontem, dia 29/10, em São Paulo-SP. Mas ele mesmo respondeu imediatamente a pergunta com “OK Photograph!” e começou a cantar seu grande sucesso. O público ergueu fotografias dele com o gesto peace and love. Creio que ele divertiu-se tanto quanto nós na plateia.

Embalado pela All Starr Band, por duas horas, viajei no tempo. Lembrei do primeiro disco que comprei, um compacto simples, com “I wanna hold your hand” e “She loves you”. A primeira era a vencedora diária do programa Músicas na Passarela, da Rádio Tamoio AM – que tocava música exclusivamente música – e a segunda era o prefixo do programa Cavern Club, do radialista Big Boy, na Mundial AM – que era show musical.

Lembrei também do José Calvent, meu colega no Colégio Batista, na década de sessenta, que guardava na carteira, orgulhoso, o ingresso de um show da banda nos E.U.A.

Lembrei ainda da Cristina Cesarino, minha amiga querida, uma verdadeira Beatlemaníaca, que assistiu “A hard day´s night” e “Help!” mais de cinquenta vezes - no cinema!!! - antes de partir para o lendário festival de Woodstock, em 1969, e, anos depois, enfrentar sol e chuva em vigílias para ver  Paul in Rio e in São Paulo.

Pensei em Liverpool onde percorri Penny Lane, parei no portão de Strawberry Fields, bebi cerveja e ouvi rock 'n' roll no Cavern Club e passeei pela cidade no ônibus The Magical Mistery Tour e em longas caminhadas, conhecendo as casas dos futuros astros, a barbearia e o Corpo de Bombeiros.
 
Pensei também em pessoas que conheci e que conseguiram unir o útil ao agradável, trabalhando em função dos seus ídolos, como o Marco Mallagoli, fundador do fã-clube “Revolution”, o Luiz Antônio da Silva, fundador do fã-clube "Beatles Cavern Club" e o David Bedford, autor do livro “Liddypool – o berço dos Beatles”, entre outros.
 
Demorou muito, mas finalmente estive diante de um Beatle de verdade, meio século depois da criação da banda. E ele é simpático e modesto no palco, exatamente como sempre achei que era, deixando todos brilharem e sem querer ofuscar ninguém.
 
Ainda guardo meus vídeos, discos e livros da época com muito carinho e agora a coleção aumentou porque tenho o meu próprio ingresso como lembrança, além da fotografia exibida no evento.
 
Mas já perdemos metade do Fab Four e por que é que os empresários não se entendem e realizam logo um concerto - de preferência beneficente - reunindo Ringo, Paul e os filhos Julian Lennon e Dhani Harrison?

Os rapazes são muito parecidos com seus pais e vê-los todos juntos em cena causaria a boa e fugaz sensação de que o tempo não passou e que permanecemos jovens, magros e cabeludos como eles. E por que não? Afinal de contas o sonho não acabou... 
 
 
 
Ringo no Credicard Hall - SP em 29/10/2013 - Foto Rio News
 
 
Ringo interpreta Liverpool 8, no YouTube

 Big Boy, no YouTube
 
Mallagoli e seu site Revolution 
 

P.S.: Não gosto da palavra "Ex-Beatle"
porque acho que Beatle só se é uma vez e para sempre!!!



 Dedicado a Cristina Cesarino, Amiga querida e Beatlemaníaca de primeira hora


 

sábado, 20 de julho de 2013

Lady Chatterley

 

Antes do espetáculo

No palco silencioso

Na penumbra do camarim

Cada um fazia a sua parte...

 

 

 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Uma declaração de amor... a São Paulo!

Vim para ficar um ano, lá se vão mais de 20

Sérgio de Souza Santos mudou-se para a capital paulista para trabalhar. Trabalhou, conquistou e se apaixonou pela cidade.


Época SÃO PAULO  -  Vida Urbana  -  01/02/2013




Sergio Santos: muito trabalho e muitas oportunidades em São Paulo (Foto: Acervo pessoal)


Mudei para São Paulo num sábado. Cheguei à tardinha e logo na segunda-feira seguinte comecei no meu novo trabalho. Vou ficar um ano para ver se vai dar certo, pensei.

Passaram mais de vinte anos e continuo aqui. Trabalhei com um mineiro, o Edson, mais velho que eu, que repetia a frase “em São Paulo a gente leva o ouro, mas deixa o couro…”.

Trabalho nunca me intimidou e segui em frente. Começou a informatização das empresas e as rotinas no escritório foram sendo modificadas. Quando recebi um microcomputador para trabalhar, eu me senti importante. Depois chegaram os telefones celulares e acabou a privacidade. A nossa vida nunca mais foi a mesma.

Em compensação, depois de um ano e meio de trabalho, tirei as primeiras férias. Nesse período consegui economizar o suficiente para realizar o sonho de conhecer a Europa. Voltei e continuei trabalhando e viajando nas férias, realizando velhos projetos.

No escritório havia horário para chegar, mas não para sair. Levava trabalho para casa nos finais de semana, mas com o tempo comprei o primeiro carro com quatro portas e ar-condicionado. Conquistei o cargo de gerente e a sala individual com nome na porta. E começaram as viagens internacionais a trabalho.

Por causa das diferenças de fuso horário, chegava mais cedo no escritório para falar com clientes e fornecedores europeus e saía mais tarde para poder conversar com os americanos no mesmo dia. Casei com uma colega de trabalho.

Em contrapartida, meu cabelo que era farto começou a rarear, ficou grisalho. Meu peso aumentou e a pressão arterial também. A partir de um determinado momento entendi o significado da palavra estresse.

Hoje, lembrando da época em que me mudei para São Paulo, confesso que não demorou muito tempo para me adaptar. Numa outra tarde, parado no trânsito, eu enxerguei uma lua enorme, cor-de-rosa, sobre o Jockey Clube. O céu estava todo rosa. Naquele momento percebi que já estava completamente apaixonado por essa cidade extraordinária que tem um coração enorme: um coração do tamanho do Brasil!


* Este relato foi premiado no concurso cultural Época SÃO PAULO e Museu da Pessoa

 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pracinha Sossegada


Amanhece e chegam os idosos para fazer ginástica.


Um pouco mais tarde é a vez das babás, dos bebês, dos animais de estimação e dos aposentados e seus jogos de cartas, damas e dominós.


Na hora do almoço chegam os casais de namorados vestindo uniformes de colégio.


Depois do almoço é a hora do cochilo dos trabalhadores das redondezas sobre pedaços de papelão espalhados no gramado.


À tardinha o silêncio é quebrado com a gritaria dos jogadores de futebol society.


Anoitece e chegam os catadores de papel estacionando seus carros de rolimãs e improvisando alojamento em colchonetes de papelão.


Terminou mais um dia na pracinha sossegada.


E ela segue rigorosamente o ciclo das estações do ano. Deserta na chuva de inverno, movimentada no sol de verão, suas árvores florescem, desfolham.


Numa aparente indiferença pelos ciclos da vida...



 

domingo, 3 de março de 2013

Curso de Teatro


Por que não pensei nisso antes? Onde mais eu viveria a vida de outras pessoas, reais ou não?

Acredito que nenhum outro curso proporcionaria momentos com tanta diversão e fantasia quanto o de teatro.

Lá reencontrei a diretora Vivian e a autora Nadine e fiz novos amigos. A grande maioria das aulas foi ministrada no palco do excelente teatro do C.C.J., o Centro da Cultura Judaica, no bairro Sumaré em São Paulo – SP.

Nos exercícios durante o curso, interpretei, por exemplo, o Capitão John Smith, enquanto que o meu colega Vitor  viveu o violinista Jock Hume, o que continuou tocando seu instrumento e tentando, heroicamente, entreter os passageiros enquanto o nosso navio, o “Titanic”, naufragava...

Representei também o Cavaleiro Solitário ou Zorro, o amigo do Tonto e não o inimigo do Sargento Garcia, com minha colega Débora na garupa do cavalo, interpretando uma doente terminal cujo último desejo era fumar unzinho antes de galopar definitivamente para a Terra de Marlboro. O desejo foi prontamente realizado e com o brado “Hi ho Silver!” no final da cena.

 
Na nossa turma haviam duas Déboras e a Debis, numa outra aula sobre improviso, arrumou a mesa e serviu vinho para um  jantar romântico à luz de velas. O tempo passou e o jantar esfriou. Lá pelas tantas eu, o novo namorado, cheguei para o jantar cantando e com um disco do Wando debaixo do braço, depois de tomar todas.

Ela abriu a porta, mas com a corrente de segurança, e mandou-me ir embora. E não abriu mais a porta. Mesmo estando ansiosa para mostrar o novo corte de cabelo e a tintura vermelho-paixão, permaneceu absolutamente insensível ao meu apelo:


_ Abra a porta mi diablo rojo!..


E, na apresentação da peça montada durante o curso, contracenei com colegas adoráveis e interpretei os personagens Reb Tevye, de um Violinista no telhado, e Jota Moura, o antes popular e hoje esquecido Beijoqueiro, famoso por beijar Frank Sinatra no meio do seu show no Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, em 1980.

O curso terminou no final do ano passado e foi bom. Gostei dos colegas, mas nesse momento preciso dar prioridade ao autor e não ao ator. Já estou com saudades da turma e peço que mantenham contato comigo. Estarei aqui no BLOG contando minhas histórias verdadeiras, mas com uma ou outra pitadinha de licença poética.

Agora que vai começar uma nova turma e não sou mais calouro, tenho uma recomendação para os novos alunos:

_ Decorem bem o texto e o mais rápido possível, mas fiquem tranquilos no dia da estréia porque o público ajuda, estimula, participa, empurra o espetáculo para que tudo dê certo. E sempre dá!

­­­_  Mazel tov!!! 

­




Capitão Edward John Smith 1850 – 1912
 
 

 
The Lonely Ranger (ator Clayton Moore) & Silver

 
 
 Cena da peça “Retalhos”, dirigida por Vivian Vineyard e autoria de Nadine Trzmielina. Atuo com a atriz Melissa Barbosa, no papel de “Hodel”, filha do meu personagem “Tevye”, na obra “Um violinista no telhado”, musical adaptado de conto do autor Sholem Aleichem.






 Elenco da peça "Retalhos" no CCJ Turma 2012


 



Fotografias antigas obtidas na Internet e sem indicação visível do autor