Por que não pensei nisso
antes? Onde mais eu viveria a vida de outras pessoas, reais ou não?
Acredito que nenhum outro
curso proporcionaria momentos com tanta diversão e fantasia quanto o de teatro.
Lá reencontrei a diretora
Vivian e a autora Nadine e fiz novos amigos. A grande maioria das aulas
foi ministrada no palco do excelente teatro do C.C.J., o Centro da Cultura
Judaica, no bairro Sumaré em São Paulo – SP.
Nos exercícios durante o
curso, interpretei, por exemplo, o Capitão John Smith, enquanto que o meu
colega Vitor viveu o violinista Jock Hume,
o que continuou tocando seu instrumento e tentando, heroicamente, entreter os
passageiros enquanto o nosso navio, o “Titanic”, naufragava...
Representei também o
Cavaleiro Solitário ou Zorro, o amigo do Tonto e não o inimigo do Sargento
Garcia, com minha colega Débora na garupa do cavalo, interpretando uma doente
terminal cujo último desejo era fumar unzinho
antes de galopar definitivamente para a Terra de Marlboro. O desejo foi prontamente
realizado e com o brado “Hi ho Silver!”
no final da cena.
Ela abriu a porta, mas com a corrente de segurança, e mandou-me ir embora. E não abriu mais a porta. Mesmo estando ansiosa para mostrar o novo corte de cabelo e a tintura vermelho-paixão, permaneceu absolutamente insensível ao meu apelo:
Na nossa turma haviam duas
Déboras e a Debis, numa outra aula sobre improviso, arrumou a mesa e serviu vinho para
um jantar romântico à luz de velas. O
tempo passou e o jantar esfriou. Lá pelas tantas eu, o novo namorado, cheguei para
o jantar cantando e com um disco do Wando debaixo do braço, depois de tomar
todas.
Ela abriu a porta, mas com a corrente de segurança, e mandou-me ir embora. E não abriu mais a porta. Mesmo estando ansiosa para mostrar o novo corte de cabelo e a tintura vermelho-paixão, permaneceu absolutamente insensível ao meu apelo:
_ Abra a porta mi diablo rojo!..
E, na apresentação da
peça montada durante o curso, contracenei com colegas adoráveis e interpretei os
personagens Reb Tevye, de um Violinista no telhado, e Jota Moura, o antes popular
e hoje esquecido Beijoqueiro, famoso por beijar Frank Sinatra no meio do seu show no Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, em 1980.
O curso terminou no final do ano passado e foi
bom. Gostei dos colegas, mas nesse momento preciso dar prioridade ao autor e não ao ator. Já estou com
saudades da turma e peço que mantenham contato comigo. Estarei aqui no BLOG contando
minhas histórias verdadeiras, mas com uma ou outra pitadinha de licença poética.
Agora que vai começar uma
nova turma e não sou mais calouro, tenho uma recomendação para os novos alunos:
_ Decorem bem o texto e o mais rápido possível, mas fiquem tranquilos no dia da
estréia porque o público ajuda, estimula,
participa, empurra o espetáculo para que tudo dê certo. E sempre dá!
_ Mazel tov!!!
Capitão Edward John
Smith 1850 – 1912
The Lonely Ranger (ator Clayton Moore) & Silver
Cena da peça “Retalhos”,
dirigida por Vivian Vineyard e autoria de Nadine Trzmielina. Atuo com a atriz
Melissa Barbosa, no papel de “Hodel”, filha do meu personagem “Tevye”, na
obra “Um violinista no telhado”, musical adaptado de conto do autor Sholem
Aleichem.
Elenco da peça "Retalhos" no CCJ Turma 2012